SONETO DO DESMANTELO AZUL

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.

Carlos Pena Filho

Um comentário:

  1. OLÁ , TUDO BEM JENNIFER?

    O QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.

    Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.

    Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.

    Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.

    -Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?

    Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...

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